sábado, 13 de novembro de 2010

Loja de departamentos

Estávamos no shopping. Em uma daquelas lojas de departamento, para ser mais exata. Esperávamos minha mãe terminar de fazer compras assentados na seção de sapatos. Eu com um mau humor típico de TPM e ele com tanto sono que me lembrava o Soneca.
Estávamos ali e só. Juntinhos, abraçadinhos. Ele com o nariz na minha nuca sugando todo o perfume que ali existia enquanto eu, com uma cara de bunda sem motivo, passava as unhas devagar no braço esquerdo dele. Na minha cabeça havia um vazio, na dele provavelmente não havia nada, pois devia estar quase cochilando.
Ele me contou uma versão de “Três porquinhos” que me fez rir. Contou uma versão pornô de “Chapeuzinho vermelho”. Me abraçou forte e disse que queria ficar juntinho. Disse que queria ficar juntinho para sempre. Disse que até a mãe dele acreditava que havia chances de que nosso casamento do qual ele tanto fala aconteceria. Disse que me amava.
Ele não via o meu rosto quando disse essas coisas pela posição em que nos encontrávamos. Mas eu acho que, pelo meu silêncio e por saber o quão bobona eu sou, ele percebeu que meus olhos estavam cheios de lágrimas.
Sim, eu fiquei tomada por aquelas coisas bobas que ele vive dizendo, mas que por motivo nenhum me deixaram com um buraco no peito, como daquelas vezes em que a emoção é tanta que você perde a fala. E ficamos ali, eu segurando o choro sem-sentido e ele rindo da minha cara. Ele me abraçando e eu escondendo o rosto.
Depois olhei para ele e ganhei fala para dizer que eu o amava. Ele me chamou de ridícula e perguntou por que eu tinha chorado. Aí eu percebi que era porque tudo que eu sonhava, tudo que eu queria e que duvidava que aconteceria, estava ali comigo. E não estava só naqueles dez minutos, mas tem estado por mais de seis meses. E o buraco era a minha agonia por ver que talvez eu perdi a razão de ter medo.
Eu repeti que o amava. Repeti meio apreensiva, mas sem medo. Naquela hora eu esqueci que tem muita coisa por aí que é mentira. Aquela hora passou a ser o que eu pretendo levar comigo toda vez que eu duvidar de alguém, mesmo sabendo que eu posso estar errada.
Como sempre, ele nunca permite que nossos momentos amáveis terminem amáveis. Seu comentário excessivamente masculino me fez rir e nós começamos a falar dos casos antigos dele. Nós disputamos o iogurte, fizemos bagunça, fizemos drama e nos despedimos.
Eu não sei se chorei pela TPM, mas sei que foi a primeira vez na vida que chorei por alguém sendo o motivo algo bom. Foi a primeira vez que chorei por ele sendo o motivo algo bom.

10 comentários:

  1. Vc chorou de emoção ! ! !
    Emoção do coração...emoção de quem ama...
    Só emoção.
    Quietinha. Que doe e é boa ao mesmo tempo.
    Só emoção.

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  2. Acabei entrando aqui se querer e amey! Muito bom chorar de alegria, chorar de amor... chorar por alguém que amamos! chorar porque finalmente sabe que está completa!

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  3. Aiiiii que fofo!!
    As vezes em um minuto, descobrimos a verdadeira felicidade, naum em peças materias, mas em palavras maravilhosasss!!

    Bjuzzzz.
    complementto.blogspot.com

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  4. Oi Camila,

    Muito bom te ver lá no blog. Volte sempre, viu? :)

    Beijocas fashionistas, Bell!
    [http://fashionistabaiana.blogspot.com/]

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  5. Ahh, que lindo!! Nós sempre choramos nesses momentos, =( rsrs

    beijoo! E é melhor acreditar nas pessoas e quebrar a cara, do que nunca acreditar em ninguém por medo de estarem mentindo! beijoss!

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  6. Olá linda! Amei seu Blogger.

    Obrigada pela visitinha! Estou lhe seguindo.

    Abraço cheio de mimo! =^;^=

    http://mariasimagempessoal.blogspot.com/

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  7. Adorei o texto,ja to te seguindo
    bjaoo"

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  8. Aiiiii o amoooor! Rsss
    Kissu =*

    www.so-beleza.blogspot.com

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  9. Nossa, q lindo o texto!
    Vc escreve muito bem!

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  10. aiii cahh..
    q lindoo !!
    vc e o fernando tao mtoo fofos juntoss... *_*

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