terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mais algumas letrinhas combinadas

28/12/09
Meu dia começou às 11:40 com uma ligação da mamãe dizendo: “já é hora de acordar, filhinha!”. Aproveitei a oportunidade e já avisei que sairia mais tarde.
Levantei, tomei banho, almocei e fiz uma hora vendo as perguntas absurdas do Formspring e “twittando”. Experimentei cerca de nove combinações diferentes de roupas até optar pela mais simples delas.
Ajeitei as coisas, entrei no ônibus e topei com uma amiga. Aproveitei os 40 ou 50 minutos passando pelas ruas de Belo Horizonte para colocar o papo em dia – já que eu conheço o caminho de cor.
Cheguei, tomei um pouco de chuva e achei a minha companhia do dia na fila do cinema. Me deparei com um cartão de natal maior do que imaginava e de cara já achei a coisa mais bonitinha do mundo. Mas a surpresa mesmo foi quando eu abri e ali tinham várias letrinhas combinadas para eu ler. Se soubesse o quanto aprecio letrinhas combinadas escritas a mão...
Minha vontade foi ler tudo naquela hora, mas a sessão de cinema me esperava. Junto do cartão estava o CD de uma das únicas cantoras dos tempos atuais que eu realmente admiro. Poderia ter sido mais especial?
Durante o filme curti o cheirinho mais gostoso do mundo, combinado com beijos e mordidas.
As cenas eram engraçadas e algumas bastante fofas, mas na minha cabeça passava a idéia de que talvez aquilo tudo não fosse real. “Eu? Eu aqui e sem preocupações?”
Esse tipo de situação acontecia com as minhas amigas, não comigo – a problemática sentimental. Mas sim, era verdade e estava sendo ótimo.
O filme acabou e fomos à um lugar fofo com quadros estranhos que poderiam ser pintados por cachorros. Aproveitei para ler as letrinhas combinadas... são as coisas mais bonitinhas que alguém já me escreveu. Agradeci e aproveitei para cobrir de beijos aquelas bochechas fofas que estavam do meu lado.
Tomei minha coca, picotei uns limões, abracei e apertei.
Na hora de ir, ganhei uma rosa de chocolate – começava a me sentir sem graça: “será que realmente mereço alguém assim?”
Esperou meu ônibus de volta comigo debaixo de um pé d’água. Cheguei em casa com um sorriso no canto da boca mesmo tendo afundado meu pé numa poça que molhou até minhas meias.
Tomei um banho e gastei tempo na internet. Mais tarde, contei alguns segredos e vi que agora tenho de fato alguém do meu lado.
Queria uma coca-cola, não tinha. Então resolvi desligar da internet um pouco.
Cheguei no quarto, arrumei a cama, peguei um fone e ao som do meu mais novo CD da Amy Winehouse, re-li as letrinhas combinadas e sorri de novo.
Agora, ainda ao som de Amy, confesso que talvez eu tenha reparado os sinais iniciais no MSN e no twitter. Confesso que também movi meus palitinhos para que a amizade virtual ficasse mais concreta.
Mas eu não acreditei que isso aconteceria. Ainda bem que estava errada.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Feliz Natal! (ou não)

As coisas aconteceram mais ou menos assim: eu esperava um Natal meia boca, algo mais ou menos sem graça, como todos os outros anos. Mas esse ano foi diferente. E quer saber quais foram as grandes mudanças? Eu digo: os parentes contaram os segundos pra ir embora às 23h e não meia noite; não houve alguns poucos presentes trocados e sim nenhum presente pra nada nem ninguém. Ou seja, o Natal não foi nem meia boca nem boca nenhuma.
É, essa é a minha família. Os presentes são proibidos, e por isso todo mundo compra antes e distribui antes – escondido.
E aí você me pergunta: presentes proibidos? E eu respondo: sim, proibidos.
É simples de explicar e impossível de aceitar: quando presentes são permitidos, você pode acabar esquecendo de comprar para alguém e esse alguém acaba te dando alguma lembrancinha. Nisso, “fica chato”. É simplesmente por isso. A gente não pode presentear aqueles que gostamos e não esperar nada em troca, a gente tem que presentear todo mundo que presenteia a gente, logo, temos que dar presente para quem não queremos dar ou temos que adivinhar todos que querem dar presentes pra gente.
Isso todo ano me incomoda, me magoa e verdadeiramente me irrita. Mas esse ano conseguiu ser o campeão.
Eu fui embora com minha avó e minha madrinha às 23:30 para passar a meia-noite com os sobrinhos-neto dela. Por quê? Porque a minha família foi dormir às 23:30. Lembrando também que meus parentes de Goiânia que vieram para BH para o Natal, simplesmente não compareceram. Resumindo: ficou eu e meu Sudoku no celular rodeados por dois nenéns correndo e pessoas correndo atrás. O restante estava comentado da correria e de cada “novo passo” dos bebês.
Pensei: que seja! – e fui embora dali.
Foi divertido, foi engraçado. Pessoal agradável esse da família do meu pai, mas não sei por qual motivo, meu pai se aproximou da família pequena e monótona da minha mãe e deixou a dele meio de lado.
Ignorando o fato de que durante as 4h que passei lá eu quis chorar de raiva, de tristeza ou seja lá qual fosse aquele sentimento estranho que estava comigo por eu não passar o natal com meus pais, aquele tempo salvou parte da minha noite do dia 24.
Acordei dia 25 com raiva, discuti com a minha mãe - porque ela não aceita críticas à família dela, arrumei os guardanapos com má vontade, tomei um banho, vesti uma roupa e resolvi que iria melhorar o meu humor.
Felizmente meu almoço de natal foi melhor do que a noite anterior, ainda bem, porque se não eu não estaria aqui.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Energias positivas

Para aqueles que estranham quando as coisas caminham extremamente bem, vai uma dica: eu sou uma de vocês. Não sei se existe de fato essa história de pessimismo, mas se existe, eu faço parte desse time. E pode xingar, berrar e (provavelmente) não entender o motivo. Tá aí minha deixa para contar um pouco de como cheguei até aqui.
Para começar com o pé direito, é só colocar os CD’s empoeirados de “Sandy & Jr.” para tocar e botar fé de que as palavras vão correr direitinho.

Eu não sabia, mas lá estava eu com meus onze anos sendo arrastada para uma festa chata de família que me levaria ao início do meu pessimismo exacerbado.
Eu estava naquela idade “bonita” em que o cabelo não tem conserto, os dentes estão sendo consertados por aquele belíssimo aparelho, as famosas espinhas se tornam mais famosas do que nunca e para completar a alegria da mocinha aqui, os muitos quilinhos a mais estavam no auge.
Apesar disso tudo, domei o cabelo, coloquei uma roupa de gosto meio duvidoso e fui à festa por insistência da vovó. Chegando lá, percebi que não conhecia ninguém, porque ou os parentes eram tão distantes que eram desconhecidos, ou eu não os via há tempos.
Do nada, chegou um rapazinho simpático e por um motivo ou por outro foi de fato bastante educado. Não posso afirmar o que se passou na minha cabeça, mas eu cismei com o rapazinho e fui pra casa naquele dia pensando nele e na idéia de que provavelmente eu não o veria mais.
O tempo passou e sim, eu vi o rapazinho várias vezes.
Depois de um ano e meio, meu amor platônico deixou de ser tão platônico assim. Ele era bonito, fofo e educado. Bem, pelo menos era assim que eu enxergava.
Ele foi o primeiro cara que eu fiquei e foi também meu primeiro amor. As coisas nunca deram certo entre a gente, mas sempre rolavam as famosas “escapadinhas”. E entre uma e outra escapadinha, se passaram três anos com idas e vindas, muitas noites chorando e sem dormir, muito “The Calling”, muitas decepções, muitas mentiras, muitos beijos, muitas cartas (enviadas ou não), muitos desabafos... isso durou até que um segundo significante rapaz aparecesse. E isso foi há um ano.
Bem, nessas alturas eu já tinha me livrado de dois aparelhos, o cabelo já estava quase domado e eu não escutava mais “The Calling” e muito menos “Sandy & jr.” É nessa hora que eu coloco o funk das festas de quinze anos e o pagode do ex-amor pra tocar. Essa era a trilha sonora do momento. Porém, havia dois problemas: os quilinhos a mais estavam ainda piores e eu estava com um trauma imenso dos homens.
Mesmo assim, fui com a cara e a coragem enfrentar o primeiro ano do ensino médio. A coragem foi demais e adivinhem! O novo significante rapaz foi bem mais traumatizante que o anterior. Bingo! Frases como “seu único problema é ser gorda” , “prefiro sua amiga” , “não te assumo por vergonha” foram escutadas milhares de vezes; chantagens viraram rotina e a minha cegueira e medo também. Eu não sabia como sair daquilo ou talvez soubesse mas não conseguisse.A possível despedida disso tudo aconteceu no dia 30 de Dezembro de 2008.
Meu ano não acabou bem e eu resolvi que no próximo ano as coisas seriam diferentes. Porém, a minha vontade de acreditar nas pessoas não foi suficiente. Eu tentava mas não conseguia e talvez isso ainda me prejudique até hoje. Tá aí o motivo do meu pessimismo: as coisas quase nunca dão certo pra mim e toda vez que rola aquela vontade de dar a última chance a mim mesma e à alguém, eu preciso pensar duas vezes.
Mas acho que estou voltando a acreditar nas pessoas, estou voltando a acreditar em mim...
Eu me libertei de quase 20 quilos, de dois malas, do cabelo estranho, das músicas duvidosas e de vários papéis.
E querem saber? Por mais pessimista que eu ainda seja, estou otimista hoje.
Acabei de chagar em casa e só tenho motivos para cantar sozinha aquelas músicas bem estúpidas. Estive com pessoas maravilhosas que me proporcionaram momentos maravilhosos.
Para 2010 muitas energias positivas, muito chocolate, Doritos, música e sorrisos! E depois das férias, muitos livros e confiança de que TUDO vai dar certo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Estou de férias, camarada


Como havia prometido, a minha tentativa de passar mais vezes por aqui será concretizada.
Chegaram as férias... e elas começaram da melhor maneira possível.

Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009.

Acordei com a mesma cara amassada de sempre, vesti o uniforme e resolvi que não colocaria nada de útil na minha mochila, ou melhor, quase nada de útil. Então, tirei todos os cadernos e livros para fora e deixei só aquelas anotações de Filosofia e o bonitinho (gay, fresco e sistemático) caderno "top". Coloquei a Vogue do mês, o estojo, o chocolate para o amigo oculto e uma garrafinha clássica de H2O. Tomei um café ralo com o pão integral que eu tive que aprender a comer devido ao regime cabuloso do início do ano. Escovei os dentes, peguei a mochila, entrei no carro e resolvi que ia pra escola escutando Elvis Presley. Não poderia ter escolhido melhor. :)
Cheguei na escola e tive a aula de matemática mais agradável do ano - o meu querido "Lili" conversou sobre comida com a gente e não falou sobre números.
Em seguida tivemos sessão de fotos da turma e um "amigolate". Ganhei o melhor chocolate do Brasil, comi e guardei um pedaço para alguem que compartilha da mesma opinião que eu.
Mais tarde dei uns sorrisinhos a mais por ter passado em Química. Passei com minhas bonitinhas o último recreio do ano, tomei uma coca-cola e fiz a última Ed. Física em condições semanais da minha vida! Agradeci a Deus por isso, fui para a sala e fiz a prova de Filosofia em 15 minutos. Li a Vogue quando terminei e dei meu grito de liberdade às 12:15.
Chegando em casa almocei, vi "Friends", liguei o pc e enquanto pensava que talvez não tenha sido uma boa ideia ter topado ir à uma festa na qual eu não conhecia ninguém, aquele que me convidou me ligou e me garantiu do contrário. (mais tarde eu me agradeceria por ter confiado nisso)
Arrumei minhas coisas e fui para a casa da Débora. No caminho descobri que era um pouquinho mais longe do que eu pensava, mas tudo bem. Fiz as unhas, tomei um suco, conversei, conversei, conversei, fiz uma hora e resolvi que já estava na hora de me arrumar para ir me encontrar com o bochechudo mais bochechudo da região.
Cerca de 17:40 fui até o local marcado pensando que talvez minha roupa não estivesse muito boa, mas tudo bem.
Assim que cheguei essa preocupação se perdeu e eu me perdi também.
Tenho alguns segredos pra contar e muitas coisas legais pra compartilhar, mas é mais justo que eu escreva sobre isso da próxima.
Para não matar de curiosidade, basta falar que sim, tenho acordado mais feliz.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tá tudo lindo!

Felizmente, as férias estão chegando, o sol deu lugar para as chuvas (que logo fez com que o calor insuportável desse uma trégua), eu vou poder me desligar da escola, dos deveres chatos, das pessoas chatas (principalmente das pessoas chatas)...
Todo esse clima pré-férias me deu coragem, me deixou mais leve e definitivamente mais tranquila e feliz. Não que eu estivesse infeliz ou algo do tipo, bem, pelo menos eu acho que não. A questão é que agora eu vou poder voltar a fazer as minhas coisas direito, aquelas que eu realmente gosto de fazer, como por exemplo escrever algo um pouco mais interessantes por aqui e no twitter e largar de fazer isso pelas metades; vou poder deitar na rede e ler meus livros de História, assentar no sofá e ver meus seriados preferidos, viciar em The Sims de novo, ir ao cinema pelo menos três vezes por semana, comer Doritos vendo um filme de terror e tomar uma coca-cola. Nos intervalos, provavelmente o tempo chuvoso será um motivo a mais pra eu relembrar aqueles momentos do fundo do baú e me dar conta de coisas do tipo "meu primeiro amor hoje é um fumante decadente, sem escolaridade, bêbado e sem noção".
Pretendo escrever mais sobre como cheguei até aqui. Enfrentar minhas memórias vai ser um processo bem divertido e prometo analisar todas elas com olhos diferentes pela primeira vez.
Espero sobreviver às minhas férias com o mesmo bom humor que eu estou agora, enquanto escrevo.
A única coisa que me choca nesse momento é ver que as árvores de Natal já estão montadas de novo e que terei que pensar em novas promessas de Ano Novo. Assusta eu ainda lembrar tão claramente do final de 2008, e pior, do início dele.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Na hora de escolher o sanduíche...

Inicialmente devo me desculpar pela demora para postar. Mas prometo que tem justificativa!
Uma delas é que tive medo de ter problemas na escola, então resolvi estudar um pouco mais. A outra é a preguiça mesmo, fazer o quê, certo?
Devo admitir que apesar de estar contando os segundos para chegar sexta-feira e eu estar oficialmente de férias, quero que essa semana passe um pouco mais devagar, afinal a ideia de ter que desfazer minha burrada antes do final das aulas está me dando nos nervos. É chato pensar que tudo foi apenas um capricho meu, uma noção infeliz de que trocar um "hambúrguer de picanha" cheio de calorias por um "sanduíche natural" seria a melhor saída. Mas todo mundo já sabe que mudanças radicais na alimentação podem trazer umas gordurinhas a menos, mas não mudam o hábito alimentar.
E foi exatamente o que aconteceu, porque eu realmente não me acostumei com o que talvez fosse o mais "saudável" pra mim. E quer saber? Me sinto mal por isso, mas seria injusto comigo mesma se eu abrisse mão das calorias mas também perdesse aquelas boas sensações que vem com elas a cada mordida.
A tentativa agora é procurar algo nem tão calórico mas também nem tão sem graça. Paciência se depois chegarem aqueles indesejáveis quilinhos a mais.

sábado, 21 de novembro de 2009

Confie no ciclo

Arrisque-se. Apaixone-se. Renda-se. Confie.
Viva como se fosse morrer amanhã.
Morra de amor.
Sofra. Chore.
Sinta saudades, com aquela falta de ar.
Passe noites sem dormir, ou se preferir, durma o dia inteiro.
Tente esquecer. (não esquecerá)
Os choros diminuem, a saudade torna-se suportável e haverá outras oportunidades. Então, você se esquecerá de tentar esquecer e se esquecerá de fato.
Aí, arrisque-se de novo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tá na cabeça

Não gosto da ideia de tentar escrever e não conseguir. Então eu tenho um problema, porque já tentei por mil vezes escrever as milhões de coisas que estão aqui dentro. Está aí o motivo da demora para postar.
Mas sinceramente, me sinto extremamente humana esses dias.
Inveja Inveja Inveja Inveja Inveja Inveja Medo Vaca Vaca Vaca Medo Amor Paixão Tesão Medo ????????? Matemática Hitler Vargas História Olga 1808 Michael Jackson Iara Mãe Pai Irmã (quero ir pra Europa e quero um psicólogo) Fugir Fugir Fugir Terminar Começar Continuar Continuar Continuar Paciência (preciso de paciência) Correr Gritar Medo Medo Medo Caverna Caverna Caverna Dormir Sair Amor Saudade Saudade Saudade Saudade Saudade........ ??????? !!!!! Vazio.
É isso.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tudo bem, certo?

Não sei se esse post vai ser longo ou curto e também sei que geralmente não posto em datas tão próximas. Acontece que eu não sei o que está acontecendo comigo, eu me sinto sufocada e extremamente sozinha esses dias. Estou bem com meus amigos e minha família, mas me sinto péssima comigo mesma.
Eu quero que isso acabe logo. Resolvi vir aqui escrever para tentar tirar um pouco dessa carga que estou sentindo nos meus ombros.
Estou torcendo para o tempo passar rápido por mil motivos, mas o principal deles é porque hoje estou com preguiça de viver. Não quero abrir mão da minha vida, jamais, só quero viver de verdade e não só ver o tempo passar devagar.
Sinto-me de um jeito que quero gritar, mas prefiro ficar calada; quero chorar, mas prefiro segurar ao máximo para não fazê-lo; quero correr daqui, mas me parece mais cômodo ficar parada.
Estou cansada...

...metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio....metade de mim é partida e a outra metade é saudade....metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo....metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão....metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Me leva

Até que ponto vai a saudade? Qual é o seria o estágio máximo da falta que alguém pode fazer em nossas vidas? Quando o Tempo vai sorrir pra nós e nos dizer que já passaram dias suficientes para que possamos esquecer?

01/11/09 – 02:14
Aquilo que a gente esconde durante o dia sempre pode aparecer durante a noite. Principalmente se estamos acordados, sozinhos, escutando aquelas melodias que mexem com os nossos sentimentos mais ocultos.
Meu medo hoje se chama saudade e, minha saudade tem nome próprio, tem cheiro, tem gosto, tem voz. O nome vive nos meus lábios, porque o cheiro, o gosto e a voz não saem da minha memória.
Eu quero correr pra te ver, eu quero que o tempo corra. Eu quero estar aqui quando você voltar, eu quero que você esteja aqui...
Meus braços pediram por seu abraço hoje, eu senti seu cheiro no ar, meus lábios hesitaram pelo seu beijo. Não esteve aqui, foi substituído pelo medo de nunca mais estar – ou de voltar pra nunca mais me deixar.
Eu sinto um desejo que não sei se é amor, eu nem se quer acredito mais no amor... eu sinto saudade, eu me sinto sozinha, eu procuro, eu acho, mas não é você. Eu quero você.
Eu não posso querer, eu deveria esquecer, mas lembro por tentar fazê-lo.
Eu poderia esperar, eu sei que conseguiria, mas não faria isso comigo.
Você está aqui e está tão longe. Eu quero seu abraço, quero seu sorriso, quero você me pedindo pra ficar.
Eu preciso querer esquecer, mas as vezes acho que não quero.



Essas palavras surgiram do nada, minha saudade imensa-e-sem-cura voltou também do nada. DO NADA!
Eu pensei que estava tudo bem, mas me dei conta do oposto quando uma sensação me derrubou na madrugada de ontem para hoje. Simplesmente me esmagou como se eu fosse um inseto minúsculo, fez eu me sentir algo insignificante que não seria capaz de levantar e andar com as próprias pernas.
Parei e pensei sobre o que eu faria quando fosse possível matar as saudades. Eu imaginei situações, eu fechei meus olhos pra isso, eu quase senti o que eu sentiria se estivesse realmente acontecendo.
Depois que abri os olhos me senti ridícula. Me sinto ridícula agora, na verdade.
Como é possível o ser humano ser dominado por algo que vem dele próprio? COMO?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Duas caras

Não faz muitos dias, eu relembrei como é ficar boba do nada, esperando uma resposta monossilábica no msn, sobre um assunto pouco importante e em um horário que talvez seria mais útil estar fazendo outra coisa. Foi com alguém que deveria não fazer diferença, mas faz. E eu não sei se eu poderia estar escrevendo isso aqui, mas sinceramente duvido muito que alguém tenha paciência de ficar lendo meus longos textos.
Eu poderia fingir que tanto faz, que nem liguei, que nem sequer ando pensando nisso, mas resolvi mudar um pouco a rotina, pois é isso que faço de uns tempos pra cá. Portanto, hoje eu acordei e disse para mim mesma que seria justo perder a vergonha pra falar umas coisas que escondo com meu novo jeito "durona" de ser.
Andava sentindo falta daquela sensação estranha, que faz o coração pulsar forte, deixa a gente sem lugar, com uma ansiedade inexplicável e uma felicidade que vem lá de dentro e não dá pra esconder. Sim, eu fiquei toda babaca e quando eu deitei para dormir eu pensei em algo tipo "yes". Existe coisa mais baranga?
Eu acordei mais feliz, eu voltei a fazer piadas sem graça nenhuma, eu voltei a rir dessas piadas, eu escutei músicas melosas, eu tive meus pensamentos roubados, eu me peguei sorrindo sozinha... depois passou e eu lembrei que dessa vez não é pra ficar.
Quem me conhece sabe que sempre gostei dessas coisas, eu sempre arrisco para ter essas sensações, mesmo que depois delas venham aquelas lágrimas e aquela melancolia incurável. Não ligo para esse sofrimento, mas admito que dessa vez foi melhor, pois lembrei que ainda posso sentir aquilo-tudo-que-vem-do-nada,mas não será constante, logo, não haverá tamanha falta depois. Isso sim é maravilhoso, porque a falta, a saudade, esses são os piores sentimentos que eu já conheci.
Só queria o abraço, porque isso ainda mata de saudade.


Voltando ao normal e voltando a pensar, retiro o que disse. Tudo. ;)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sensação

Acho que por eu não comentar sobre o Tempo com as pessoas, elas acham que nem sequer me preocupo mais. Engano! Talvez por isso, certas suposições são feitas e não faço mais questão de desmenti-las ou confirmá-las.
Estou numa fase que certamente não me lembro de já ter vivido algo nem ao menos semelhante. Eu perdi aquela vontade louca de dividir as coisas, de ter sempre alguém por perto. Agora conto menos casos e alguns estão começando a me achar menos interessante por isso. Mas eu não me importo mais. Não ligo para os pensamentos alheios há alguns meses, e pra falar a verdade, percebi que isso me faz mais feliz. Eu visto o que quero, faço o que quero, com quem eu quero... e ando adorando esse cheirinho de Novo.
Mas como eu já disse, mesmo que eu esteja em uma situação bastante diferente, eu ainda penso sobre o Tempo. Mais que isso, eu sinto saudades de parte dele, e é completamente irritante quando algo reforça essa saudade durante uns minutos. Eu sinto uma tentação absurda de fazer o que eu não posso fazer, meus dedos coçam, meus olhos enchem de lágrimas (de raiva, de tristeza, de alegria, de saudade...), eu fico nervosa (e nem sei porquê) e uma agonia faz com que eu queira me distrair com outra coisa, mas não consigo pensar em nada porque aquela mínima coisinha infeliz dominou meus pensamentos que andam vazios demais. E aquilo vai se espalhando, espalhando e eu sinto falta dos gostos, dos cheiros, dos sons e das imagens. Meus sentidos se aguçam de forma extrema, todos juntos, e de repente, para. Eu estranho, mas antes que eu possa me dar conta de coisa alguma, tudo volta. O coração bate forte, parece que vai sair pela boca. Mas, eu consigo respirar, fazer parar e impedir de voltar. Isso implica nas vezes que escrevi e não mandei, que pensei e não falei, que disquei e desliguei...
Percebo que tudo isso não ocorre mais com tanta frequência e, diminui cada dia mais. Eu agradeço por isso, temo isso e dessa vez sei o motivo disso.
As coisas podem ser o que desejamos que elas sejam, desde que você encare que tudo muda e o Novo, apesar de diferente, pode ser melhor.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Humor

Se fosse ontem, eu estaria aqui reclamando das pessoas, das situações, do clima, do almoço, da música, da tv, do mundo... mas, ainda bem, já é hoje. E realmente agradeço, porque ontem fui dormir com uma raiva sem motivo e uma tristeza com menos motivos ainda. Nem me pergunte de onde veio isso, só sei que veio e, a minha irritação era tamanha que eu quis jogar fora meu Novo. Que burrice seria a minha, uma precipitação estúpida me tiraria algo que só pode me causar um bem. E hoje, é só isso que está causando.
Eu abri os meus olhos um pouco antes das seis; eu tomei um banho praticamente gelado. Nessa hora eu acordei. Percebi que aquela carga estranha, pesada e sem fundamento não estava mais tomando conta dos meus pensamentos. "Melhor assim" - pensei. Eu acordei e quis fazer com a minha mãe o que geralmente é ela quem faz comigo: dei um beijo na testa dela, sorri e dei bom dia.
Hoje eu tomei um café diferente, escutei uma música diferente e tentei sorrir de um jeito diferente. Eu curti o clima bastante chuvoso, eu tive paciência, eu estive cerca de um ou dois minutos com o Novo, fazendo nada e falando rápido no fim de um intervalo mínimo de vinte minutos antes da sessão de "Imagem e Ação".
Eu teria saído se não fosse a chuva, mas a segunda opção também foi bastante agradável. Passei a tarde com aquela amiga (lerda) especial, vendo filmes e comendo coisas gostosas... eu esqueci do Tempo e só voltei a pensar nele agora. E o que eu deveria fazer é esquecê-lo de vez. Espero que eu consiga pela insistência e pela boa vontade.
Cheguei em casa e estava tranqüila até descobrir algo que me irritou tanto que me impediu de continuar a escrever.
Hoje eu paro por aqui, indo dormir com mais raiva do que estava ontem e bem diferente do que estava quando acordei pela manhã.

domingo, 4 de outubro de 2009

Arriscando o Novo

Ando arriscando coisas novas... sim! E já passava da hora...
Tentar algo que será completamente novo pra mim, me pareceu uma boa ideia. Estava cheia de me sentir vazia, de falar e ninguém ouvir, de agir e ninguém notar...
Eu não acredito mais que as coisas duram aquilo que chamam de "pra sempre", não acredito que a boa intenção é o que importa, não acredito que exista felicidade, pelo simples fato de que quando podemos alcançá-la, já desejamos outra coisa.
Mais uma vez, acredito no quão primitivo o ser humano ainda é. Acreditamos que podemos enganar alguém da mesma espécie que nós, logo nos consideramos burros o suficiente para ser enganados...
Eu aprendi as mentiras que não sabia contar e aprendi que contá-las sempre é burrice.
Mas quer saber? Eu ainda confio e espero pelos verdadeiros sentimentos de confiança, gratidão, respeito, fé e amor... eu ainda acredito na burrice do ser humano, certo?
Proponho hoje uma vida sem fronteiras traçadas, proponho novidades e loucuras cheias de sentimentos verdadeiros de medo, proponho alguma adrenalina... quero sentir um frio na barriga, quero alcançar alguma coisa inalcançável...
Quero me sentir estúpida e rir de algo que não seja tão engraçado, quero me sentir bem, dançar, cantar e acreditar... continuar acreditando.
Não está tarde, está cedo! Basta só recomeçar sem preconceitos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Momento natureza


Hoje foi um daqueles dias que eu realmente achei que tudo seria beem mais ou menos; mas não é que foi até bem legal?
Fui logo cedinho, com o pessoal da escola, fazer arvorismo. Admito que gostei, mas nunca mais repito essa loucura. Estou completamente dolorida e cansada.
Agora, acabei de bater um papo bastante agradável, porém, esperava outro tipo de reação minha.
Essa reação ainda não chegou, e dessa vez parece que não vai chegar - espero. Isso não deixa de ser bom, certo?
Penso que isso esteja ocorrendo, porque resolvi me focar em outra coisa para ver se assim, fico mais tranquila.
Ando com umas ideias malucas, mas realmente quero colocá-las em prática. A curiosidade está muito grande aqui dentro, mas não sei se posso virar o bocado de coisas envolvidas, de cabeça pra baixo, desse jeito, sem pensar em nada.
Pode ser - e provavelmente é - algo momentâneo, fruto de uma carência insuportável e de uma confusão que anda crescendo na minha cabeça. Que seja! Não posso me dar ao luxo de avaliar esse tipo de coisa.
Falando nas minhas crises existenciais, uma sensação de estar sozinha vem crescendo cada dia mais. Me sinto diferente das pessoas que me cercam... com isso, ando, sem sentir, procurando fazer as coisas sozinha. Isso não me parece saudável.

Quero novos ares!

sábado, 19 de setembro de 2009

Independência, por favor

Como já é de costume, os 80's estão me consumindo. Junto com a minha mais nova mania por moda, recortes de revistas e colagens em caixinhas.

Ando completamente aleatória para as coisas. Sexta-feira me acabei na Ed. Física - havia um bom tempo que não fazia isso; hoje eu simplesmente resolvi cortar minhas unhas. Vai entender, né?

Mas o que anda tomando conta dos meus pensamentos nesses últimos dias - além daquilo, ou melhor, daquele que já desisti de esquecer - é uma vontade imensa de ficar sozinha durante um tempo. Poder fazer o que eu quiser, quando eu quiser. E não basta uma tarde sozinha em casa.
Seria bacana ficar uns dias só eu e eu mesma, sair meia noite quando não estiver afim de dormir, chegar da rua e poder colocar a música no talo sem preocupações.
Poder comer o que eu quiser, sem horários.
O ideal seria sair desse país. Sair da cidade já bastaria, na verdade.
Ver gente nova, viver uma vida nova por um tempo.
Ando com sede de liberdade e de solidão. Mas aquela solidão boa, aquela que lembra a gente o que somos e que não estamos de fato sozinhos quando nos sentimos assim no dia-a-dia.
Quero fugir, ou então, por favor, fujam de mim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Maldita Legião

Estava voltando da minha prova ontem e a música que tocava dizia:

Parece cocaína mas é só tristeza, talvez tua cidade.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
E o descompasso e o desperdício herdeiros são
Agora da virtude que perdemos.

Há tempos tive um sonho, não me lembro
não me lembro...

Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso.

Os sonhos vêm e os sonhos vão
O resto é imperfeito.

Eu quase chorei. Na verdade, eu já não estava muito bem. Havia milhões de coisas na minha cabeça.
Eu cheguei em casa, desci do carro, abri a porta da frente, entrei pela sala, cumprimentei minha mãe, dei um beijinho na minha irmã, subi as escadas, entrei no quarto, larguei na mochila. Parei. Pensei. Andei. Me olhei no espelho. Chorei.
Eu me sinto sozinha e sinto a falta de alguém que complica minha vida por não estar aqui comigo mas, está sempre aqui dentro.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tudo

"Eu preciso tomar coragem, preciso!"

É isso que está na minha cabeça há alguns dias. Na verdade, há algumas semanas.

Eu queria tomar coragem pra falar o que eu estou pensando, sentindo, vendo... e seria simples se os nomes pudessem ser citados e as situações também. Mas não podem. E aí, eu tentei por várias vezes escrever sobre isso, porque eu realmente acho necessário.
O problema, é que as palavras não estavam vindo, e ainda não estão fluindo muito bem. Mesmo assim, farei um esforço. Bem, se caso não ficar muito bom, peço desculpas, afinal, nem tudo é tão simples quanto parece ou deveria ser.

30/07/09: "Hoje eu acordei, abri os olhos e lembrei que alguém não estava mais aqui."

Foram exatamente essas palavras que ficaram no meu diário no dia em que eu saí o dia todo na companhia de uma das pessoas mais legais que eu conheço, fiz tudo que eu mais gosto e, ainda assim, eu precisei engolir o choro algumas vezes porque eu sabia que as coisas ficariam complicadas por um tempo. E ficaram.
Eu ainda estava de férias, eu estava tranquila... mas as aulas voltaram e, quando tudo deveria contribuir para eu não ficar pior do que já estava, tudo contribuiu para ocorrer o oposto.
Com o tempo, as pessoas foram me cansando, ou eu fui cansando elas - o que é mais provável; a saudade foi aumentando, mesmo que eu me esqueça dela às vezes; a vida foi ficando chata e, hoje ela está insuportável.
Minha vontade agora, é sumir por uns dias. Mas, eu não diria isso às 6:00.

Eu acordei, tomei um banho, fui pra escola e antes das dez, recebi uma notícia que não gostei muito. Eu já esperava por ela, mas mesmo assim foi difícil engolir aquilo.
Eu recebi minha prova de história, meu rendimento foi péssimo. Eu sabia disso desde o dia que havia feito a prova e o pior de tudo é que eu sabia a porcaria da matéria toda.
E você deve estar pensando: " e daí que ela foi mal em uma prova?" E eu respondo que pode não parecer nada, mas pra mim foi a gota. A gota de tudo que eu estou passando.
Eu não sei se já tive a chance de mencionar isso, mas ano que vem farei vestibular. E eu vou fazer História. Sim, História.
Já me chamaram de doida, já falaram que eu vou ser pobre e morrer de fome e pra completar meu pai queria uma filha engenheira. Mas eu ainda insisto na História, simplesmente porque eu realmente amo isso, e quero fazer isso definitivamente pro resto da minha vida.
Então, quando recebi a porcaria da prova, eu me senti bastante fracassada, devo admitir. Penso que o mínimo da minha obrigação é eu ser boa naquilo que eu gosto de fazer. Eu me cobro excelência nisso. Não me importa que falem que eu já sou boa, talvez eu até seja, mas eu tenho que ser a melhor, porque eu sei que se eu não for, vou dar razão para aquelas pessoas que me disseram sobre os salários.

Eu não segurei o choro e eu não queria falar nada com ninguém. Eu sabia que aquilo aconteceu por minha culpa. Eu que fui idiota de achar que já era boa o suficiente. Mas não sou!

Enquanto estava lá, ouço a voz de uma pessoa falando o que eu menos queria ouvir. Mais uma vez essa pessoazinha veio tomar meu lugar, falar quando devia ficar calada. Me deu vontade de gritar: MERDA! E devia ter gritado, porque não é de hoje que não aguento aquela voz.
Minha mãe diz que sou rancorosa, e talvez seja. Esqueço muito fácil as pequenas coisas, mas as grandes ficam por aqui, principalmente se à elas, são acrescentadas outras coisas.
Mas isso não vem ao caso; só sei que aquela sensação que anda vivendo por aqui desde o ano passado, voltou a chamar minha atenção. Aquele sentimento de opressão, de se sentir pior que tudo e todos à sua volta. E aí, eu escutei a voz daquela pessoa que eu sinto saudade todos os dias dizendo que notas não são importantes e que aquele ser não era melhor do que eu.
É, essa pessoa sempre me dizia isso, porque era essa a única pessoa que sabia absolutamente tudo o que eu sentia à respeito de certas situações constantes. É essa pessoa que me faz falta todos os dias; é nela que penso quando acordo e antes de dormir. Não é nem de longe alguém bacana e de bom coração, mas era simplesmente alguém na minha vida.
E hoje eu me sinto entediada, cansada, chateada, falsa, insuportavelmente antipática e sozinha.
Que isso vai passar, eu já cansei de ouvir. O que me interessa é quando vai passar...
Eu até hoje não sei o que acontecia naquelas horas, não sei o que eu sentia e o que sinto agora, só queria saber quando eu vou conseguir esquecer e voltar a ser o que eu era antes de tudo.

domingo, 30 de agosto de 2009

Estupidez

Resolvi escrever para demonstrar minha indignação com as noites de domingo.
Eu realmente odeio domingos à noite. Por quê?
Bem, pra começar, domingos sempre são monótonos demais e, quando vai anoitecendo, aqueles sentimentos estúpidos - que eu faço esforço pra esquecer durante TODA a semana - aparecem.
Aquela sensação de estar faltando algo, aquela saudade, aquele desânimo...
E eu me pergunto: POR QUÊ?
Sinceramente, já me senti pior. Mas infelizmente isso não muda o fato de que eu não estou tão bem quanto aparento estar.
Fico pensando como o ser humano é idiota. É, nós somos muito babacas...
Temos esse instinto de querer parecer o que não somos por conta dos outros. E muitas vezes, os outros nem mesmo se importam.
Às vezes eu me canso das pessoas, me canso dos lugares, me canso de mim... eu me acomodo num canto, ouço alguma coisa e penso em alguém que ainda não se cansou de mim. Me sinto sozinha... mas, quem nunca se sentiu assim?
Gosto de parar e ver a vida passar; e já foram muitas a vezes que eu quis sumir.
Hoje, os assuntos de sempre me cansam, os problemas de sempre me cansam, as soluções de sempre me cansam, as vozes de sempre me cansam, os rostos de sempre também.
Hoje é domingo...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Só porque acontece todos os dias, não deixa de ser importante

Eu tenho uma mania: olho as pessoas na rua e começo a imaginar o que elas estão pensando, vivendo e sentindo. Me divirto muito com isso; acho incrível a idéia de que aquela pessoa que assenta do seu lado no ônibus possa ter uma história de amor pra contar, ou queira desabafar.
Perdi a conta das vezes que eu queria desabafar com o cara do lado no ônibus porque tinha um sentimento ridículo me incomodando profundamente.
Por outro lado, quem nunca quis sair pela rua falando com o mendigo que acabou de sentir as famosas “borboletas no estômago”?
Sempre quis entrar na mente das pessoas que cruzo pela rua, saber se elas estão felizes ou tristes; saber se quando chegam em casa preparam um jantar pro namorado, pro marido ou pros filhos, ou se fazem um miojo e comem sozinhos assistindo novela das oito; saber se moram num apartamento, numa casa, num barracão... saber se elas sentem saudades de alguém, saber se elas querem pedir demissão, saber se elas querem dar um soco naquela filha da puta que vive dando em cima do namorado alheio.
Sempre quis saber se sou só eu que tenho essa compulsão. Eu realmente amo colocar minha imaginação fértil pra funcionar; adoro criar histórias para as pessoas que vejo na rua.
Por exemplo, um dia vi uma senhora caminhando na Praça da Liberdade. Ela era realmente bonitinha e para mim parecia ter dois ou três filhos, que vão almoçar com ela nos domingos.
Ela poderia cozinhar bem e ser viúva. Devia morar naqueles lados da Savassi, gostar de ir ao cinema e viajar. Mas antes de dormir ela sente a falta do marido; se faz de forte durante o dia, mas reza pela noite. Para mim, ela se chamava Júlia. Dona Júlia. :)
Seria bem estranho se eu descobrisse que ela não é nem um terço disso.
Ainda pensando sobre isso, até as pessoas próximas de mim me despertam essa curiosidade. Por mais que eu conheça a história delas, eu sempre gosto de imaginar o sentimento delas, os desejos. O que elas pensam quando olham o cachorro na rua, o neném chorando, a criança correndo.
Talvez eu pense isso porque eu sinto coisas distintas e expressivas em tudo que vejo e que faço. Quando vejo minha mãe abraçando minha irmãzinha, e ela sorri, eu sinto uma paz imensa; quando paro no meio da aula e ouço aquele barulho que mistura de vozes e falas, eu sinto sufoco, mas sinto algo extremamente adolescente ali (daquelas coisas que lembram aquela cena de filme da Disney); quando vejo pessoas que se gostam juntas, eu sempre penso que aquilo poderia ser de fato verdadeiro.
Não gosto da idéia de que coisas cotidianas têm de ser comuns. Só porque acontece todos os dias, não deixa de ser importante.
A vida corre demais, eu prefiro parar no tempo as vezes pra pensar um pouco sobre qualquer coisa, em qualquer lugar. Gosto de ter a sensação de que é perceptível o fato de que nada se repete, e mesmo que tudo pareça igual, está sim tudo diferente.
Queria que meus olhos tirassem fotos, algumas imagens mereciam ser guardadas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um ano a menos de vida

É interessante como ficamos tão felizes no dia do nosso aniversário, porque quanto mais velhos, mais perto estamos da morte.

Tudo bem que não devo morrer tão cedo - pelo menos são os planos. Mas isso não muda o fato de que amanhã possa ser o último dia que vou acordar às seis, ir cambaleando até o banheiro, voltar pro quarto, vestir a roupa, pegar a mochila, tomar café, escovar os dentes, entrar no carro, ir pra escola, ver aqueles que eu taanto gosto (ou não gosto), voltar pra casa, colocar um filme pra minha irmã assistir, almoçar, dormir por uma meia hora, fazer dever, enrolar, estudar, enrolar mais um pouco, arrumar o material, esperar minha mãe chegar, comer uma banana enquanto isso, abraçar minha irmã, ouvir minha vó fazer algum comentário que eu geralmente não presto muita atenção, ver minha mãe chegando, ligar o pc, perder umas duas ou três horas na frente da tela, tomar uma sopa, ver um filme, conversar com meu pai sobre ele, tomar um cappuccino, escovar os dentes, deitar, pensar em alguém e dormir sem perceber.

Eu gosto dessa rotina. Mas nem tanto.
Sinto falta de sair do padrão, escapar, esquematizar... falta adrenalina as vezes. Porém, não falta agora.

O dia hoje foi bastante agradável, e eu estou muito muito feliz. É engraçado como todo mundo gosta da gente - ou finge que gosta - no dia do nosso aniversário. E nem vamos mentir falando que essa sensação não é legal.

Mas hoje, o legal mesmo foi receber flores no recreio e ter vontade de chorar; o legal foi passar o dia sem me preocupar com nada, foi ouvir meus cd's novos do Michael Jackson que chegaram pelo correio.
Sabe de uma coisa? O melhor de tudo foi poder passar esse dia vendo os sorrisos daqueles que eu mais amo. O bom é que isso não acontece só hoje, acontece quase todos os dias.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vontades que vêm do nada

Por um motivo ou por outro, eu resolvi fazer um blog. Por quê? Bem, não sei ao certo. Foi simples: estava fazendo o que geralmente as pessoas inúteis fazem no computador, o trivial: o msn de sempre, mais o orkut de sempre e talvez alguma música. E claro, ainda estava curtindo os encantos do meu mais novo conhecido, twitter. Foi aí que me veio à mente a ideia de fazer um blog. Eu nunca tive um blog, nem nunca mexi com isso. Mas deu uma vontade, daquelas que vem do nada. E aí eu fiz. Méritos também à alguém que apoiou e disse que seria sim uma boa ideia. Talvez eu não tenha muito talento para escrever, muito menos técnica. Mas eu gosto, sempre gostei. Já faz alguns anos que escrevo na agenda, no diário, na última folha do caderno... enfim, em qualquer lugar. Geralmente não mostro pra ninguém, mas algumas pessoas já viram. Acredito que quando escrevo, posso ver melhor o que se passa comigo. Lembrando que o alívio pós-desabafo nas folhas de um papel é incrível. Espero ter persistência com isso daqui. Realmente espero. Admito que estou ansiosa e otimista para postar sempre que achar que possa valer a pena. Se não valer, a intenção ainda valerá. ;)