quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Me leva

Até que ponto vai a saudade? Qual é o seria o estágio máximo da falta que alguém pode fazer em nossas vidas? Quando o Tempo vai sorrir pra nós e nos dizer que já passaram dias suficientes para que possamos esquecer?

01/11/09 – 02:14
Aquilo que a gente esconde durante o dia sempre pode aparecer durante a noite. Principalmente se estamos acordados, sozinhos, escutando aquelas melodias que mexem com os nossos sentimentos mais ocultos.
Meu medo hoje se chama saudade e, minha saudade tem nome próprio, tem cheiro, tem gosto, tem voz. O nome vive nos meus lábios, porque o cheiro, o gosto e a voz não saem da minha memória.
Eu quero correr pra te ver, eu quero que o tempo corra. Eu quero estar aqui quando você voltar, eu quero que você esteja aqui...
Meus braços pediram por seu abraço hoje, eu senti seu cheiro no ar, meus lábios hesitaram pelo seu beijo. Não esteve aqui, foi substituído pelo medo de nunca mais estar – ou de voltar pra nunca mais me deixar.
Eu sinto um desejo que não sei se é amor, eu nem se quer acredito mais no amor... eu sinto saudade, eu me sinto sozinha, eu procuro, eu acho, mas não é você. Eu quero você.
Eu não posso querer, eu deveria esquecer, mas lembro por tentar fazê-lo.
Eu poderia esperar, eu sei que conseguiria, mas não faria isso comigo.
Você está aqui e está tão longe. Eu quero seu abraço, quero seu sorriso, quero você me pedindo pra ficar.
Eu preciso querer esquecer, mas as vezes acho que não quero.



Essas palavras surgiram do nada, minha saudade imensa-e-sem-cura voltou também do nada. DO NADA!
Eu pensei que estava tudo bem, mas me dei conta do oposto quando uma sensação me derrubou na madrugada de ontem para hoje. Simplesmente me esmagou como se eu fosse um inseto minúsculo, fez eu me sentir algo insignificante que não seria capaz de levantar e andar com as próprias pernas.
Parei e pensei sobre o que eu faria quando fosse possível matar as saudades. Eu imaginei situações, eu fechei meus olhos pra isso, eu quase senti o que eu sentiria se estivesse realmente acontecendo.
Depois que abri os olhos me senti ridícula. Me sinto ridícula agora, na verdade.
Como é possível o ser humano ser dominado por algo que vem dele próprio? COMO?

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