domingo, 30 de agosto de 2009

Estupidez

Resolvi escrever para demonstrar minha indignação com as noites de domingo.
Eu realmente odeio domingos à noite. Por quê?
Bem, pra começar, domingos sempre são monótonos demais e, quando vai anoitecendo, aqueles sentimentos estúpidos - que eu faço esforço pra esquecer durante TODA a semana - aparecem.
Aquela sensação de estar faltando algo, aquela saudade, aquele desânimo...
E eu me pergunto: POR QUÊ?
Sinceramente, já me senti pior. Mas infelizmente isso não muda o fato de que eu não estou tão bem quanto aparento estar.
Fico pensando como o ser humano é idiota. É, nós somos muito babacas...
Temos esse instinto de querer parecer o que não somos por conta dos outros. E muitas vezes, os outros nem mesmo se importam.
Às vezes eu me canso das pessoas, me canso dos lugares, me canso de mim... eu me acomodo num canto, ouço alguma coisa e penso em alguém que ainda não se cansou de mim. Me sinto sozinha... mas, quem nunca se sentiu assim?
Gosto de parar e ver a vida passar; e já foram muitas a vezes que eu quis sumir.
Hoje, os assuntos de sempre me cansam, os problemas de sempre me cansam, as soluções de sempre me cansam, as vozes de sempre me cansam, os rostos de sempre também.
Hoje é domingo...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Só porque acontece todos os dias, não deixa de ser importante

Eu tenho uma mania: olho as pessoas na rua e começo a imaginar o que elas estão pensando, vivendo e sentindo. Me divirto muito com isso; acho incrível a idéia de que aquela pessoa que assenta do seu lado no ônibus possa ter uma história de amor pra contar, ou queira desabafar.
Perdi a conta das vezes que eu queria desabafar com o cara do lado no ônibus porque tinha um sentimento ridículo me incomodando profundamente.
Por outro lado, quem nunca quis sair pela rua falando com o mendigo que acabou de sentir as famosas “borboletas no estômago”?
Sempre quis entrar na mente das pessoas que cruzo pela rua, saber se elas estão felizes ou tristes; saber se quando chegam em casa preparam um jantar pro namorado, pro marido ou pros filhos, ou se fazem um miojo e comem sozinhos assistindo novela das oito; saber se moram num apartamento, numa casa, num barracão... saber se elas sentem saudades de alguém, saber se elas querem pedir demissão, saber se elas querem dar um soco naquela filha da puta que vive dando em cima do namorado alheio.
Sempre quis saber se sou só eu que tenho essa compulsão. Eu realmente amo colocar minha imaginação fértil pra funcionar; adoro criar histórias para as pessoas que vejo na rua.
Por exemplo, um dia vi uma senhora caminhando na Praça da Liberdade. Ela era realmente bonitinha e para mim parecia ter dois ou três filhos, que vão almoçar com ela nos domingos.
Ela poderia cozinhar bem e ser viúva. Devia morar naqueles lados da Savassi, gostar de ir ao cinema e viajar. Mas antes de dormir ela sente a falta do marido; se faz de forte durante o dia, mas reza pela noite. Para mim, ela se chamava Júlia. Dona Júlia. :)
Seria bem estranho se eu descobrisse que ela não é nem um terço disso.
Ainda pensando sobre isso, até as pessoas próximas de mim me despertam essa curiosidade. Por mais que eu conheça a história delas, eu sempre gosto de imaginar o sentimento delas, os desejos. O que elas pensam quando olham o cachorro na rua, o neném chorando, a criança correndo.
Talvez eu pense isso porque eu sinto coisas distintas e expressivas em tudo que vejo e que faço. Quando vejo minha mãe abraçando minha irmãzinha, e ela sorri, eu sinto uma paz imensa; quando paro no meio da aula e ouço aquele barulho que mistura de vozes e falas, eu sinto sufoco, mas sinto algo extremamente adolescente ali (daquelas coisas que lembram aquela cena de filme da Disney); quando vejo pessoas que se gostam juntas, eu sempre penso que aquilo poderia ser de fato verdadeiro.
Não gosto da idéia de que coisas cotidianas têm de ser comuns. Só porque acontece todos os dias, não deixa de ser importante.
A vida corre demais, eu prefiro parar no tempo as vezes pra pensar um pouco sobre qualquer coisa, em qualquer lugar. Gosto de ter a sensação de que é perceptível o fato de que nada se repete, e mesmo que tudo pareça igual, está sim tudo diferente.
Queria que meus olhos tirassem fotos, algumas imagens mereciam ser guardadas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um ano a menos de vida

É interessante como ficamos tão felizes no dia do nosso aniversário, porque quanto mais velhos, mais perto estamos da morte.

Tudo bem que não devo morrer tão cedo - pelo menos são os planos. Mas isso não muda o fato de que amanhã possa ser o último dia que vou acordar às seis, ir cambaleando até o banheiro, voltar pro quarto, vestir a roupa, pegar a mochila, tomar café, escovar os dentes, entrar no carro, ir pra escola, ver aqueles que eu taanto gosto (ou não gosto), voltar pra casa, colocar um filme pra minha irmã assistir, almoçar, dormir por uma meia hora, fazer dever, enrolar, estudar, enrolar mais um pouco, arrumar o material, esperar minha mãe chegar, comer uma banana enquanto isso, abraçar minha irmã, ouvir minha vó fazer algum comentário que eu geralmente não presto muita atenção, ver minha mãe chegando, ligar o pc, perder umas duas ou três horas na frente da tela, tomar uma sopa, ver um filme, conversar com meu pai sobre ele, tomar um cappuccino, escovar os dentes, deitar, pensar em alguém e dormir sem perceber.

Eu gosto dessa rotina. Mas nem tanto.
Sinto falta de sair do padrão, escapar, esquematizar... falta adrenalina as vezes. Porém, não falta agora.

O dia hoje foi bastante agradável, e eu estou muito muito feliz. É engraçado como todo mundo gosta da gente - ou finge que gosta - no dia do nosso aniversário. E nem vamos mentir falando que essa sensação não é legal.

Mas hoje, o legal mesmo foi receber flores no recreio e ter vontade de chorar; o legal foi passar o dia sem me preocupar com nada, foi ouvir meus cd's novos do Michael Jackson que chegaram pelo correio.
Sabe de uma coisa? O melhor de tudo foi poder passar esse dia vendo os sorrisos daqueles que eu mais amo. O bom é que isso não acontece só hoje, acontece quase todos os dias.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vontades que vêm do nada

Por um motivo ou por outro, eu resolvi fazer um blog. Por quê? Bem, não sei ao certo. Foi simples: estava fazendo o que geralmente as pessoas inúteis fazem no computador, o trivial: o msn de sempre, mais o orkut de sempre e talvez alguma música. E claro, ainda estava curtindo os encantos do meu mais novo conhecido, twitter. Foi aí que me veio à mente a ideia de fazer um blog. Eu nunca tive um blog, nem nunca mexi com isso. Mas deu uma vontade, daquelas que vem do nada. E aí eu fiz. Méritos também à alguém que apoiou e disse que seria sim uma boa ideia. Talvez eu não tenha muito talento para escrever, muito menos técnica. Mas eu gosto, sempre gostei. Já faz alguns anos que escrevo na agenda, no diário, na última folha do caderno... enfim, em qualquer lugar. Geralmente não mostro pra ninguém, mas algumas pessoas já viram. Acredito que quando escrevo, posso ver melhor o que se passa comigo. Lembrando que o alívio pós-desabafo nas folhas de um papel é incrível. Espero ter persistência com isso daqui. Realmente espero. Admito que estou ansiosa e otimista para postar sempre que achar que possa valer a pena. Se não valer, a intenção ainda valerá. ;)