quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um ano a menos de vida

É interessante como ficamos tão felizes no dia do nosso aniversário, porque quanto mais velhos, mais perto estamos da morte.

Tudo bem que não devo morrer tão cedo - pelo menos são os planos. Mas isso não muda o fato de que amanhã possa ser o último dia que vou acordar às seis, ir cambaleando até o banheiro, voltar pro quarto, vestir a roupa, pegar a mochila, tomar café, escovar os dentes, entrar no carro, ir pra escola, ver aqueles que eu taanto gosto (ou não gosto), voltar pra casa, colocar um filme pra minha irmã assistir, almoçar, dormir por uma meia hora, fazer dever, enrolar, estudar, enrolar mais um pouco, arrumar o material, esperar minha mãe chegar, comer uma banana enquanto isso, abraçar minha irmã, ouvir minha vó fazer algum comentário que eu geralmente não presto muita atenção, ver minha mãe chegando, ligar o pc, perder umas duas ou três horas na frente da tela, tomar uma sopa, ver um filme, conversar com meu pai sobre ele, tomar um cappuccino, escovar os dentes, deitar, pensar em alguém e dormir sem perceber.

Eu gosto dessa rotina. Mas nem tanto.
Sinto falta de sair do padrão, escapar, esquematizar... falta adrenalina as vezes. Porém, não falta agora.

O dia hoje foi bastante agradável, e eu estou muito muito feliz. É engraçado como todo mundo gosta da gente - ou finge que gosta - no dia do nosso aniversário. E nem vamos mentir falando que essa sensação não é legal.

Mas hoje, o legal mesmo foi receber flores no recreio e ter vontade de chorar; o legal foi passar o dia sem me preocupar com nada, foi ouvir meus cd's novos do Michael Jackson que chegaram pelo correio.
Sabe de uma coisa? O melhor de tudo foi poder passar esse dia vendo os sorrisos daqueles que eu mais amo. O bom é que isso não acontece só hoje, acontece quase todos os dias.

Um comentário:

  1. Você que me fez gostar de Michael Jackson /pago.pau.pra.ele.e.mais.ainda,pra.você

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