quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Momento natureza


Hoje foi um daqueles dias que eu realmente achei que tudo seria beem mais ou menos; mas não é que foi até bem legal?
Fui logo cedinho, com o pessoal da escola, fazer arvorismo. Admito que gostei, mas nunca mais repito essa loucura. Estou completamente dolorida e cansada.
Agora, acabei de bater um papo bastante agradável, porém, esperava outro tipo de reação minha.
Essa reação ainda não chegou, e dessa vez parece que não vai chegar - espero. Isso não deixa de ser bom, certo?
Penso que isso esteja ocorrendo, porque resolvi me focar em outra coisa para ver se assim, fico mais tranquila.
Ando com umas ideias malucas, mas realmente quero colocá-las em prática. A curiosidade está muito grande aqui dentro, mas não sei se posso virar o bocado de coisas envolvidas, de cabeça pra baixo, desse jeito, sem pensar em nada.
Pode ser - e provavelmente é - algo momentâneo, fruto de uma carência insuportável e de uma confusão que anda crescendo na minha cabeça. Que seja! Não posso me dar ao luxo de avaliar esse tipo de coisa.
Falando nas minhas crises existenciais, uma sensação de estar sozinha vem crescendo cada dia mais. Me sinto diferente das pessoas que me cercam... com isso, ando, sem sentir, procurando fazer as coisas sozinha. Isso não me parece saudável.

Quero novos ares!

sábado, 19 de setembro de 2009

Independência, por favor

Como já é de costume, os 80's estão me consumindo. Junto com a minha mais nova mania por moda, recortes de revistas e colagens em caixinhas.

Ando completamente aleatória para as coisas. Sexta-feira me acabei na Ed. Física - havia um bom tempo que não fazia isso; hoje eu simplesmente resolvi cortar minhas unhas. Vai entender, né?

Mas o que anda tomando conta dos meus pensamentos nesses últimos dias - além daquilo, ou melhor, daquele que já desisti de esquecer - é uma vontade imensa de ficar sozinha durante um tempo. Poder fazer o que eu quiser, quando eu quiser. E não basta uma tarde sozinha em casa.
Seria bacana ficar uns dias só eu e eu mesma, sair meia noite quando não estiver afim de dormir, chegar da rua e poder colocar a música no talo sem preocupações.
Poder comer o que eu quiser, sem horários.
O ideal seria sair desse país. Sair da cidade já bastaria, na verdade.
Ver gente nova, viver uma vida nova por um tempo.
Ando com sede de liberdade e de solidão. Mas aquela solidão boa, aquela que lembra a gente o que somos e que não estamos de fato sozinhos quando nos sentimos assim no dia-a-dia.
Quero fugir, ou então, por favor, fujam de mim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Maldita Legião

Estava voltando da minha prova ontem e a música que tocava dizia:

Parece cocaína mas é só tristeza, talvez tua cidade.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
E o descompasso e o desperdício herdeiros são
Agora da virtude que perdemos.

Há tempos tive um sonho, não me lembro
não me lembro...

Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso.

Os sonhos vêm e os sonhos vão
O resto é imperfeito.

Eu quase chorei. Na verdade, eu já não estava muito bem. Havia milhões de coisas na minha cabeça.
Eu cheguei em casa, desci do carro, abri a porta da frente, entrei pela sala, cumprimentei minha mãe, dei um beijinho na minha irmã, subi as escadas, entrei no quarto, larguei na mochila. Parei. Pensei. Andei. Me olhei no espelho. Chorei.
Eu me sinto sozinha e sinto a falta de alguém que complica minha vida por não estar aqui comigo mas, está sempre aqui dentro.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tudo

"Eu preciso tomar coragem, preciso!"

É isso que está na minha cabeça há alguns dias. Na verdade, há algumas semanas.

Eu queria tomar coragem pra falar o que eu estou pensando, sentindo, vendo... e seria simples se os nomes pudessem ser citados e as situações também. Mas não podem. E aí, eu tentei por várias vezes escrever sobre isso, porque eu realmente acho necessário.
O problema, é que as palavras não estavam vindo, e ainda não estão fluindo muito bem. Mesmo assim, farei um esforço. Bem, se caso não ficar muito bom, peço desculpas, afinal, nem tudo é tão simples quanto parece ou deveria ser.

30/07/09: "Hoje eu acordei, abri os olhos e lembrei que alguém não estava mais aqui."

Foram exatamente essas palavras que ficaram no meu diário no dia em que eu saí o dia todo na companhia de uma das pessoas mais legais que eu conheço, fiz tudo que eu mais gosto e, ainda assim, eu precisei engolir o choro algumas vezes porque eu sabia que as coisas ficariam complicadas por um tempo. E ficaram.
Eu ainda estava de férias, eu estava tranquila... mas as aulas voltaram e, quando tudo deveria contribuir para eu não ficar pior do que já estava, tudo contribuiu para ocorrer o oposto.
Com o tempo, as pessoas foram me cansando, ou eu fui cansando elas - o que é mais provável; a saudade foi aumentando, mesmo que eu me esqueça dela às vezes; a vida foi ficando chata e, hoje ela está insuportável.
Minha vontade agora, é sumir por uns dias. Mas, eu não diria isso às 6:00.

Eu acordei, tomei um banho, fui pra escola e antes das dez, recebi uma notícia que não gostei muito. Eu já esperava por ela, mas mesmo assim foi difícil engolir aquilo.
Eu recebi minha prova de história, meu rendimento foi péssimo. Eu sabia disso desde o dia que havia feito a prova e o pior de tudo é que eu sabia a porcaria da matéria toda.
E você deve estar pensando: " e daí que ela foi mal em uma prova?" E eu respondo que pode não parecer nada, mas pra mim foi a gota. A gota de tudo que eu estou passando.
Eu não sei se já tive a chance de mencionar isso, mas ano que vem farei vestibular. E eu vou fazer História. Sim, História.
Já me chamaram de doida, já falaram que eu vou ser pobre e morrer de fome e pra completar meu pai queria uma filha engenheira. Mas eu ainda insisto na História, simplesmente porque eu realmente amo isso, e quero fazer isso definitivamente pro resto da minha vida.
Então, quando recebi a porcaria da prova, eu me senti bastante fracassada, devo admitir. Penso que o mínimo da minha obrigação é eu ser boa naquilo que eu gosto de fazer. Eu me cobro excelência nisso. Não me importa que falem que eu já sou boa, talvez eu até seja, mas eu tenho que ser a melhor, porque eu sei que se eu não for, vou dar razão para aquelas pessoas que me disseram sobre os salários.

Eu não segurei o choro e eu não queria falar nada com ninguém. Eu sabia que aquilo aconteceu por minha culpa. Eu que fui idiota de achar que já era boa o suficiente. Mas não sou!

Enquanto estava lá, ouço a voz de uma pessoa falando o que eu menos queria ouvir. Mais uma vez essa pessoazinha veio tomar meu lugar, falar quando devia ficar calada. Me deu vontade de gritar: MERDA! E devia ter gritado, porque não é de hoje que não aguento aquela voz.
Minha mãe diz que sou rancorosa, e talvez seja. Esqueço muito fácil as pequenas coisas, mas as grandes ficam por aqui, principalmente se à elas, são acrescentadas outras coisas.
Mas isso não vem ao caso; só sei que aquela sensação que anda vivendo por aqui desde o ano passado, voltou a chamar minha atenção. Aquele sentimento de opressão, de se sentir pior que tudo e todos à sua volta. E aí, eu escutei a voz daquela pessoa que eu sinto saudade todos os dias dizendo que notas não são importantes e que aquele ser não era melhor do que eu.
É, essa pessoa sempre me dizia isso, porque era essa a única pessoa que sabia absolutamente tudo o que eu sentia à respeito de certas situações constantes. É essa pessoa que me faz falta todos os dias; é nela que penso quando acordo e antes de dormir. Não é nem de longe alguém bacana e de bom coração, mas era simplesmente alguém na minha vida.
E hoje eu me sinto entediada, cansada, chateada, falsa, insuportavelmente antipática e sozinha.
Que isso vai passar, eu já cansei de ouvir. O que me interessa é quando vai passar...
Eu até hoje não sei o que acontecia naquelas horas, não sei o que eu sentia e o que sinto agora, só queria saber quando eu vou conseguir esquecer e voltar a ser o que eu era antes de tudo.