sábado, 26 de dezembro de 2009

Feliz Natal! (ou não)

As coisas aconteceram mais ou menos assim: eu esperava um Natal meia boca, algo mais ou menos sem graça, como todos os outros anos. Mas esse ano foi diferente. E quer saber quais foram as grandes mudanças? Eu digo: os parentes contaram os segundos pra ir embora às 23h e não meia noite; não houve alguns poucos presentes trocados e sim nenhum presente pra nada nem ninguém. Ou seja, o Natal não foi nem meia boca nem boca nenhuma.
É, essa é a minha família. Os presentes são proibidos, e por isso todo mundo compra antes e distribui antes – escondido.
E aí você me pergunta: presentes proibidos? E eu respondo: sim, proibidos.
É simples de explicar e impossível de aceitar: quando presentes são permitidos, você pode acabar esquecendo de comprar para alguém e esse alguém acaba te dando alguma lembrancinha. Nisso, “fica chato”. É simplesmente por isso. A gente não pode presentear aqueles que gostamos e não esperar nada em troca, a gente tem que presentear todo mundo que presenteia a gente, logo, temos que dar presente para quem não queremos dar ou temos que adivinhar todos que querem dar presentes pra gente.
Isso todo ano me incomoda, me magoa e verdadeiramente me irrita. Mas esse ano conseguiu ser o campeão.
Eu fui embora com minha avó e minha madrinha às 23:30 para passar a meia-noite com os sobrinhos-neto dela. Por quê? Porque a minha família foi dormir às 23:30. Lembrando também que meus parentes de Goiânia que vieram para BH para o Natal, simplesmente não compareceram. Resumindo: ficou eu e meu Sudoku no celular rodeados por dois nenéns correndo e pessoas correndo atrás. O restante estava comentado da correria e de cada “novo passo” dos bebês.
Pensei: que seja! – e fui embora dali.
Foi divertido, foi engraçado. Pessoal agradável esse da família do meu pai, mas não sei por qual motivo, meu pai se aproximou da família pequena e monótona da minha mãe e deixou a dele meio de lado.
Ignorando o fato de que durante as 4h que passei lá eu quis chorar de raiva, de tristeza ou seja lá qual fosse aquele sentimento estranho que estava comigo por eu não passar o natal com meus pais, aquele tempo salvou parte da minha noite do dia 24.
Acordei dia 25 com raiva, discuti com a minha mãe - porque ela não aceita críticas à família dela, arrumei os guardanapos com má vontade, tomei um banho, vesti uma roupa e resolvi que iria melhorar o meu humor.
Felizmente meu almoço de natal foi melhor do que a noite anterior, ainda bem, porque se não eu não estaria aqui.

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