terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mais algumas letrinhas combinadas

28/12/09
Meu dia começou às 11:40 com uma ligação da mamãe dizendo: “já é hora de acordar, filhinha!”. Aproveitei a oportunidade e já avisei que sairia mais tarde.
Levantei, tomei banho, almocei e fiz uma hora vendo as perguntas absurdas do Formspring e “twittando”. Experimentei cerca de nove combinações diferentes de roupas até optar pela mais simples delas.
Ajeitei as coisas, entrei no ônibus e topei com uma amiga. Aproveitei os 40 ou 50 minutos passando pelas ruas de Belo Horizonte para colocar o papo em dia – já que eu conheço o caminho de cor.
Cheguei, tomei um pouco de chuva e achei a minha companhia do dia na fila do cinema. Me deparei com um cartão de natal maior do que imaginava e de cara já achei a coisa mais bonitinha do mundo. Mas a surpresa mesmo foi quando eu abri e ali tinham várias letrinhas combinadas para eu ler. Se soubesse o quanto aprecio letrinhas combinadas escritas a mão...
Minha vontade foi ler tudo naquela hora, mas a sessão de cinema me esperava. Junto do cartão estava o CD de uma das únicas cantoras dos tempos atuais que eu realmente admiro. Poderia ter sido mais especial?
Durante o filme curti o cheirinho mais gostoso do mundo, combinado com beijos e mordidas.
As cenas eram engraçadas e algumas bastante fofas, mas na minha cabeça passava a idéia de que talvez aquilo tudo não fosse real. “Eu? Eu aqui e sem preocupações?”
Esse tipo de situação acontecia com as minhas amigas, não comigo – a problemática sentimental. Mas sim, era verdade e estava sendo ótimo.
O filme acabou e fomos à um lugar fofo com quadros estranhos que poderiam ser pintados por cachorros. Aproveitei para ler as letrinhas combinadas... são as coisas mais bonitinhas que alguém já me escreveu. Agradeci e aproveitei para cobrir de beijos aquelas bochechas fofas que estavam do meu lado.
Tomei minha coca, picotei uns limões, abracei e apertei.
Na hora de ir, ganhei uma rosa de chocolate – começava a me sentir sem graça: “será que realmente mereço alguém assim?”
Esperou meu ônibus de volta comigo debaixo de um pé d’água. Cheguei em casa com um sorriso no canto da boca mesmo tendo afundado meu pé numa poça que molhou até minhas meias.
Tomei um banho e gastei tempo na internet. Mais tarde, contei alguns segredos e vi que agora tenho de fato alguém do meu lado.
Queria uma coca-cola, não tinha. Então resolvi desligar da internet um pouco.
Cheguei no quarto, arrumei a cama, peguei um fone e ao som do meu mais novo CD da Amy Winehouse, re-li as letrinhas combinadas e sorri de novo.
Agora, ainda ao som de Amy, confesso que talvez eu tenha reparado os sinais iniciais no MSN e no twitter. Confesso que também movi meus palitinhos para que a amizade virtual ficasse mais concreta.
Mas eu não acreditei que isso aconteceria. Ainda bem que estava errada.

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