domingo, 17 de janeiro de 2010

Perigo: sonho

Sonhos são realmente perigosos.
A ideia de que você não tem o controle daquilo que deseja, que pensa e que sente pode se tornar perturbador, afinal, do que adianta controlar os impulsos e os desejos ocultos durante o dia se à noite todos eles aparecem sem que possamos fugir deles ou negá-los?

Isso atormenta, isso apavora e no meu caso, vem como um cutucão dizendo em alto e bom som: "Ei, você não manda nada!" - foi assim que me senti quando acordei às uma da tarde de hoje, com meu pai abrindo a porta e puxando meu cobertor.
Eu abri os olhos e infelizmente me lembrei do sonho, de tudo, inclusive de algumas malditas sensações. Por que os sonhos parecem tão reais às vezes?
Meus sonhos muitas vezes me fazem lembrar dos rostos, das vozes, dos cheiros e dos gostos que eu demorei meses, anos para esquecer. Tudo volta em algumas horas de sono agitado.
Fiquei mais uma meia hora na cama lembrando e questionando se eu realmente não tenho o controle. Será mesmo que nós, seres humanos, não podemos nunca manter certas vontades sempre ocultas? Mesmo quando elas são erradas, desnecessárias e até mesmo irritantes? Por que nossos sonhos insistem em nos mostrar aquilo que fazemos questão de esquecer?
Talvez seja um sinal de que não é hora de arquivar certas lembranças ou então é simplesmente uma peça que a nossa mente prega na gente.
O que importa é que levantei da cama e decidi que enquanto estiver acordada eu manterei o controle da mente, do corpo e, se possível, da alma.

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