segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Não "super", mas pai

Em menos de um mês, recebi duas notícias semelhantes que, sem querer, colocaram meus neurônios para funcionar.
Há um pouco mais de uma semana, meu pai me diz que um amigo da nossa família tinha morrido no dia anterior. Ele tinha pouco mais de ciquenta anos e dois filhos: uma menina que faria 15 anos na semana seguinte e um filho de 18 anos.
Hoje, fui surpreendida com outra notícia do tipo. É o pai de uma colega muito querida de escola.
Fiquei pensando que ano passado também ocorreram coisas semelhantes não tão perto de mim e por isso, infelizmente, não pude ser tocada por tal situação.
Percebi enquanto voltava da escola conversando com o meu pai, que por mais que minhas brigas com ele fossem mais que frequentes, por mais que seus ideais sejam absolutamente radicais, por mais que ele seja muitas vezes arrogante, prepotente e estúpido comigo, eu prefiro chorar por ter tido a oportunidade de discutir com ele do que por não poder discutir nunca mais.
Soa clichê, certo? Mas estamos tão pouco acostumados a frases feitas quando o assunto é nossos pais, que isso se torna algo absolutamente novo.
Nós adolescentes temos a irritante mania de querer nos livrar dos pais o mais rápido possível, mas quando conseguimos isso, entramos aos prantos; pois não pense você que a garota dos quase quinze anos e o rapaz de dezoito não brigavam com o pai - e eles estavam em prantos.
Jovens são todos iguais, esse é o nosso problema. Quando um de nós resolve defender os pais, os outros julgam você estúpido. Sei exatamente como isso ocorre, sempre fui dessas que evita brigar com os pais - e ainda assim brigo muito. Meus amigos não entendem como posso aceitar as milhões de coisas que meu pai impõe. Felizmente ainda acredito que nada vale mais do que a quase boa convivência que temos; nada vale mais do que aqueles dias que tiramos para sair juntos, fazer compras, comer em um lugar bacana e fingir que somos namorados.
Falta para a nossa geração um pouco mais de gratidão, amor e disponibilidade para os nossos pais; falta mais dependência e menos arrogância.

Um comentário:

  1. caah !
    brigada pela visita ou .. te confessar que eu não li o texto, porque tô sem tempo ..
    mas assim que der eu dou uma passada aqui e leio (:
    beijo cat ;*

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