sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dos ruins, dos inúteis

Estou numa lanchonete esperando dar duas da tarde. Rabisquei o canto de um papel que estava amassado na bolsa na tentativa de colocar as peças no lugar e conseguir escrever o que quer que fosse.
Agora escrevo sobre o que fiz, mas não há como escrever o que faço agora, pois faço agora o que está lendo aí na tela. Escrever sobre o que estou escrevendo é escrever sobre eu esta escrevendo o que estou escrevendo... (?)
Parei. Não há nexo nisso. Sobre o que eu iria falar mesmo? Entrei no círculo vicioso de escrever sobre o que estou escrevendo e me perdi.
É, não sei. Estou meio fora de órbita e penso que essas últimas linhas estão chatas. Não vou reescrevê-las, não penso em nada melhor por hora.
Falemos então que estou com as partes traseiras avantajadas em um banco estofado não tão macio. O suco light de goiaba acabou, e eu nem sequer queria suco de goiaba. Queria coca-cola, mas a dieta me obrigou ao contrário.
Toca no som de fundo uma das antigas dos Backstreet Boys. Colei figurinhas no álbum da Copa do Mundo: na linha, na ordem. Sim, metódica.
Estou insuportável esses dias, “aqueles” dias. Sinto dó dos que me cercam, mas quando vejo, meus hormônios falam por mim antes que eu o faça.
Acordei amando, logo acordei sorrindo. Porém, minha inconstância possibilita que pela tarde isso tenha mudado. Mas pela manhã seguinte ainda estarei amando. Ando amando... corro amando, durmo amando, beijo amando abraço amando, falo amando. Mas sei lá se é amor. Que acorde eu sempre gostando então. E viva gostando e beije o amado, abrace o amado...
Pareceu sem sentido? Para mim também. Encontro-me sem sentido por esses dias...

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